quarta-feira, 11 de abril de 2012

A Dama e o Poeta


 A Dama- 
Cai a noite...e de mansinho teu cheiro invade o quarto!
Tento me conter pra não correr pros teus braços,
mas não sei até quando vou resistir aos apelos do meu traiçoeiro coração
que havia me prometido te esquecer, mas nunca cumpriu a promessa
Essa noite te queria aqui, a encher a casa com teu riso.
A me enlouquecer com teus toques.
de repente a porta se abre e junto com uma luz,insustentável
vejo teu vulto...
Você sorri, e com palavras mansas me diz:

O Poeta-
...De braços abertos recebo voce, minha eterna poesia, pureza de alma, som que apenas o vento toca, horizonte que contorna o infinito onde alcança seu olhar, perfume de quem de longe avisando que seu corpo, sedento de amor, vem pra me encontrar, dividindo essa solidão, e transformando a madrugada em pura arte de amar, desenhada na nudez do seu corpo, onde quero todos os seus desejos encontrar...

A Dama-
Quando ouço sua voz, quase como uma canção,
são para mim tuas palavras!
Me envolvo, me entrego a desejos a tanto tempo contidos
quero-te meu amor...
Navegar por teus mistérios, conquistar teus sorrisos...
Ser tua a cada amanhecer...
E em suspiros clamo,
Ama-me?
O Poeta-
A tua pele morena, arrepiada, fonte de desejos e paz, nela eu navego, me perco, me encontro, e na linha perfeita do teu horizonte, encontro os mais insinuantes acordes de amor, nessa tua nudez poética, risco, rabisco e desenho as mais loucas partituras, e ao som dos seus suspiros em delirios que invadem a madrugada, só temos a lua como testemunha de tantas e tantas poesias rasgadas de amor....

A dama
Mergulho em teu corpo, me perco em tuas caricias...
E nossos poemas não são mais simples palavras escritas no papel
As escrevemos em nossa pele, desencadeando sensações, jamais sentidas...
Meu corpo enlouquece, minhas mãos perdem o controle.
E num sobressalto de desejo, te devoro.
Devoro tua boca, mordendo-a cantinho a cantinho, beijando-a...
Invadindo-a com minha lingua sedenta de beber cada gota de ti
Enquanto minhas mãos se atrevem a descobrir-te,
descobrir suas mais intimas partes...
Sinto teu corpo vibrar, e meu amor e meu desejo por ti aumentarem a cada toque...
Então nosso corpo se torna entrega,,,
O Poeta
...Nossos corpos se entregam, de dois formamos um, tatuagens gravadas na pele, pele arrepiada de tantos desejos, corações pulsando acelerados, almas que tremem em busca de conforto,,,descoberta das mais profundas intimidades, segredos que vão se desvendando como cada centimetro de pele, olhares que se cruzam refletindo mundos diferentes que se fundem, bocas que se tocam experimentando paladares, mãos que se descobrem,,,extases que explodem...
 A dama
Um momento infinito, dois corpos absolutamente entregues ao prazer
a paixão a tanto tempo desejada,
perdidos, insaciáveis e sem nenhum pudor...
Bocas que deslizam sutilmente por todo o corpo
desenhos feitos a flor da pele,
suspiros, gemidos e uma explosão inexplicável de przer
Cumprindo o que a muito a vida lhes havia prometido
O verdadeiro amor concretizado na mais doce entrega.
E quando o prazer é já não cabe mais naqueles dois corpos.
ele explode, e o mundo se torna menor, os sons se calam.
todas as estrelas do infinito tremem de inveja
fez o amor...fez -se o mais absoluto prazer
Dois amantes, um amor, dois corpos, um só desejo...
Consumindo a cama uma chama , brasas acesas deitadas sobre ela.
O Poeta 
E ao fim de tudo, aconchegam-se dois corpos suados, duas almas realizadas, dois olhares apaixonados, e na bagunça da cama ainda se acariciam nos ultimos momentos daquela imensidão de extase, e vão se acalmando como uma poesia num papel, ou um arco iris desenhado lá no céu, esperando a noite chegar, pra poder sonhar tudo outra vez...da mesma forma e com mais intensidade ainda.
E num fazer amor entre o bailado de estrelas, elas se jogam do infinito céu caindo em cestos de paz e carinho em camas brancas de loucos e intensos desejos..
By " Latentes"

segunda-feira, 9 de abril de 2012


O vazio da noite entre penumbras e silhuetas
é navalha que corta a carne
é coração batendo a toa
é dor que toca como corda quebrada de violão
desejo de tocar um corpo distante
de matar ali toda a sede e saudade
encontrar enfim a paz num abraço aconchegante de amor...

E o amor mergulhado em saudade...
faz a noite ser fria e gélido o corpo...
Na imensidão das estrelas,
o infinito da solidão!
Que clama por um amor tão distante
por alguém que aqueça esse coração,,,

,,,e de uma terra distante
chega com um cesto de flores
uma porção de estrelas nas mãos
te pega no colo
arranca sua roupa
sacia seus desejos
e como flor em jardim
acaricia sua madrugada
com perfume de amor
sob as ondas intensas do luar
onde tão bela e nua
passeia se deixando beijar pela onda azul do mar.

nas pétalas das rosas ...sorrisos!
chegam nos braços desse amor.
ha tanto tempo esperado!
E novamente o coração se alegra!
deixando que a noite embale
um amor que se incia...
As estrelas em unissono som
cantam melodias,
invejando aquele momento...
Onde o amor se perpetua
tendo o mar por testemunha...

e de mãos dadas trilham caminhos
que moldam a linha do horizonte
fazendo no ceu um arco iris de amor
tocando nuvens bailarinas do infinito
onde numa mistura sonora de cor
ecoa o mais forte grito...

Siluetas de dois sonhadores
emoldurando um céu furta cor
fazendo da noite uma pintura
uma obra de arte de sonhos
passos sobre o mar
pegadas de um amor infinito
em cada grito um verso solto
Ns mãos as caricias, sendo espalhadas
sobre o mar,..
na boca os beijos que
somente os dois podem multiplicar..

multiplicando em gotas de sereno
que preenchem o verde e azul do mar
enquanto esse momento fica pequeno
pra essa dimensão do sonhar...
By "Latentes"

domingo, 8 de abril de 2012

Mistérios ao olhar



Meu olhar entrou pela fresta da porta entreaberta

Logo percebi o teu corpo sereno ameno adormecido na madrugada
Lentamente deslizei o lençol sobre sua geografia
Como uma cortina que se abre desvendando um mundo de sonhos
Acariciei com o olhar todos os centímetros da sua pele macia e desnuda
Falei baixinho ao teu ouvido o verso de uma canção
Com muita delicadeza pra não te acordar
Dei-te um leve beijo nos lábios que ainda tinham o sabor de mel
Deixei uma rosa azul sobre os teus seios
Para que quando acordasse se lembrasse de mim
E percebesse nela um pedaço do nosso céu...


E acordei , sentindo seu perfume

Ele pairava no ar por toda a casa
pensei que tivesse sonhado, 
quando percebi a rosa
 peguei-a com delicadeza 
e por todo meu corpo a deslizei
como se fossem suas mãos...
As petalas macias a me acariciar
E de repente pensei...
Será que ele veio me visitar?

By "Latentes"

Latente


Ela jamais havia conseguido esquece-lo
Por isso todos os dias pensava nele
AS noites eram como vertentes de desejos
sentia que seu corpo queria sua presença
Como se estivesse faminta, sedenta
e se encontrasse em um deserto...
Ela não adormecia sem que antes
o tivesse em seus braços
envolvida em fantasias
em toques, em beijos... 
E tinha certeza que mesmo distante
...

Tudo que ele queria
Era que ela soubesse
O tanto que ele a desejava
O tanto que seu corpo implorava pelo dela
Como ele queria que ela visse seu latente desejo
Queria ele ser o oasis desse seu deserto
A lua dessa madrugada nua
O beijo mais profundo em alma
Que deixaria seu corpo sereno depois do extase
E sua pele ainda arrepiada na mais profunda calma.

By "Latentes"